quinta-feira, novembro 12, 2009

Mãos que tocam



Mãos que te tocam
Mãos que me tocam
Mãos que se tocam
As minhas mãos
As tuas mãos
As nossas mãos
Juntas
As mãos
Percorrem suavemente
Os rios
Linhas de água
Que os dedos descobrem
Na sensualidade
Dos corpos
Nus
Dos amantes
As mãos tocam
As minhas mãos…
As tuas mãos
As nossas mãos….
Desbravam
Calmamente
Os corpos
Criam tempestades
E arrepios de pele
As tuas mãos
As minhas mãos
As nossas mãos
Tocam
As melodias dos corpos
Nus …

O maltês

segunda-feira, julho 20, 2009

O Acordar das Papoilas


Quando o tempo te parar nos braços
Acorda as papoilas adormecidas
No peito dos Homens apaixonados
Soltam-se aves, poemas e velas
Suspirando pela brisa das manhãs claras

O maltês

domingo, junho 14, 2009

A flor do sonho


És tu a flor do sonho que trago na flor da pele
O sal do mar flor de Sol que aconchego no peito
Concha de Lua que abraça as searas
És tu flor de sonho que trago na flor da pele

segunda-feira, maio 18, 2009

Este é o tempo de lutar


Este é o tempo de acordar
É o tempo de dizer não
É o tempo de dizer basta!
É o tempo de existir, de estar, de ser
É o tempo de estar presente
Este é o tempo de acabar com os Homens esquecidos
É o tempo de acabar com os Homens abandonados
Este é o tempo de lutar
É o tempo de cortar amarras e algemas
Este é o tempo de acreditar, é o tempo de querer
Este é o tempo de abrir as asas e voar
Este é o tempo em que a besta se revela e os abutres de bico aguçado
Se aliam às feras de garras aguçadas
Para comer a carne dos Homens e lhes sugar o sangue de que se alimentam
Sim é possivel tranformar o tempo é possivel criar o tempo dos Homens

O maltês

terça-feira, maio 05, 2009

Paridos e criados ao deus dará


" Ninguém o ensinara, posto no mundo, não por amor ou por vontade, tinha que nascer simplesmente, ao pai ensinaram-lhe apenas a ter mulher para as lides da casa, à mãe ensinaram -na a ter homem que assegurasse o sustento e filhos para o inverno da vida, alguém que olhasse por ela.
Nasceu, sem medo da liberdade, o céu, era o horizonte mais próximo, como companhia as tertúlias do vento nos longos dias que se colavam às noites.
Hoje, respira o sopro silencioso dos pensamentos, distingue ao longe nos montes altaneiros, todos os pássaros e espera calmamente pelo dia em que terá que abandonar o seu refúgio, o seu território de intimidade."

Os gatafunhos são da XICA

Obrigado amiga, a esta escrita chamo olhares de gostar e de sentir, olhares de ver, estar e ser.
fica aqui um beijinho para a Xica.

quarta-feira, março 11, 2009


Vagabundos noctívagos
Poetas moribundos
Vagueiam
Estrelas caminhos
De barcos
De papel os sonhos
Encharcados da chuva
Desfazem-se
As folhas secas
Do Outono partem
Noite fora
O silêncio das aves
Trémulas na madrugada

O maltês