sábado, novembro 22, 2008

A Luz que resta


A luz que resta é o tempo do silêncio que amordaça os olhos dos Homens, onde as cores se perdem nos ciprestes e no uivo do vento sombrio e frio.
É a hora de estilhaçar o vidro que nos oprime a voz, é a hora de estilhaçar os dias e a fria mármore.
É este silêncio que nos cega e rasga a fogo.

Calem-se! Calem a fome e a morte!

Calem o silêncio.

terça-feira, novembro 11, 2008

Do pó e do nada que somos


Do pó e do nada
que somos

renasce o verde
a esperança

Renascemos diariamente
do pó e do nada que somos

daquilo que o vento varre
daquilo que o vento junta

somos folha somos arvore
estátua fria e inerte

somos verde somos Sol
natureza viva paixão

somos artista e arte
nascidos do muito e do nada

criadores de telas de poemas
de melodias e sonhos

Somos seres perfeitamente
imperfeitos

somos...

amantes amor carinho amigos
dedicação

somos tudo e nada
o que o vento varre o que o vento junta

somos tudo o que a chuva humedece
e o calor faz germinar

Somos sentimento e carne
fusão desejo e ternura

corpos suados pela madrugada...