sexta-feira, outubro 15, 2004

Soneto

Tu és a rubra que salpica as searas
és aquela de quem sinto saudade
Sol que brilha, mar azul, sensualidade
fonte de vida onde bebo águas claras.

Nas margens deste rio com que sonharas
crescem pimpilhos, afectos em liberdade
amar-te é melodia, cantata de suavidade
barco solto, barco de sonhos, sem amarras.

Tu és aquela de quem não me consigo separar
Flor do campo que não me canso de amar
jardim florido de encantos e sensibilidade.

Contigo descobri o mais bonito que a vida tem
aprendi a tecer afectos no tear de quem olha mais além
onde há um infinito azul do nobre sentimento, realidade.


De momento o tempo é pouco, esta coisa de ser Maltês, tem a outra coisa de muitas vezes não estar em casa, e de não se poder ir beber um copo de três à taberna com os amigos, muito trabalho por Faro.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Silenciada

Silenciada a tua boca húmida que beijei
falam os teus olhos que evitam os meus
o silencio é a fuga para o longe... para o mais longe de ti
e...de mim

Sei que és profanada no altar de um deus que temes e não amas
onde finges orgasmos hilariantes e profanas o sentimento.

Maria do mar, dois filhos, um por amor... e outro por descuido