quarta-feira, setembro 08, 2004

Conto de Luamar

Luamar era filha do Mar e da Lua.
Tinha nascido numa rocha de bonitas formas entre gaivotas e andorinhas do mar.
Desde muito cedo adorava olhar o horizonte.
Sentava-se no ponto mais alto dessa rocha e aí tecia todos os seus sonhos.
Voava com as gaivotas e por vezes chegava até a pousar em cima do Arco-íris ou mesmo até de uma nuvem.
Olhava esse misterioso círculo e sentia-se encantada com as cores do céu e o colorido do Mundo.
Nesses dias tornava-se Poetisa e um conjunto harmonioso de palavras saia da sua boca com enorme suavidade e doçura.
Eram palavras que faziam sonhar sonhos calmos e tranquilos com sabor a magia.

Conta-se que um dia Luamar pousou numa nuvem de algodão doce e que aí um desejo enorme se apoderou dela: Encontrar o Sol e com ele viver…

Mas o sol que Luamar desejava, caía cada dia sobre o horizonte e aos poucos afogava-se no mar, até não restar senão um clarão forte e alaranjado…aos poucos o lusco-fusco aproximava-se e por fim o sol era engolido pela grande boca da noite.

Diz-se que nesses dias Luamar não voava com as gaivotas… ficava sentada na rocha até ver o seu grande amor desaparecer. Nesse momento duas grossas lágrimas caíam dos seus olhos brilhantes e assim que se misturavam na água salgada transformavam-se em dois sacos…um negro como a noite, outro luminoso como o dia…

Conta quem viu que Luamar carregava os sacos dia e noite. Num depositava toda a sua alegria, noutro toda a sua tristeza. O mais leve carregava-o durante o dia. O mais pesado carregava-o durante a noite.

Dizem que foi assim que apareceram a tristeza e a alegria. Dois pesos para carregarmos toda a vida.


O Maltês



Durante alguns dias andei à malta pelas bandas de Leiria, pelo que não houve novidades nesta casa, mas como a porta quando muito está só encostada, fizeram bem em antrar.
Pulo do Lobo, conterrânea da minh'alma se dispenso todos de baterem à porta, até pq ela não tem mãozinhas, daquelas de fazer truz...truz e a madeira é rude e cheia de puas, não batas, entra logo, estás à vontade :)))))))

7 comentários:

nikonman disse...

Ora viva, compadre. Bons olhos o leiam.
Venham de lá essas escritas.
Abraço.

Anónimo disse...

Pois é Caiadora Mor, pode ficar assim pq não faz corrente d'ar, a porta é unica e janelas tb não há, os àrabes tinha razão, quanto mais buracos mais calor entra.

O Maltês da casa

Anónimo disse...

Uma vez mais agradeço o comentário que me deixaste lá. Como já não existe, agradeço-te aqui em casa. É verdade que o pulo do lobo é tão bonito do lado de Mértola como de Serpa, mas também é verdade que por vezes os "turistas" não respeitam a "integridade" do local e deixam lá os restos do que comeram. A água fica então suja...poluída...com uma tristeza de ter deixado que aqueles turistas o conhecessem...É a vida!
Até ao teu próximo post...porque ainda que, com outra identidade vou continuar a vir cá a casa, até que as portas se fechem...como tantas outras.
Bjinho
Áurea

Anónimo disse...

Vem conhecer este:

http://www.gandapau.blogspot.com/

Anónimo disse...

dffcshbgv mkkjuhnb m,kmmn b vnnbhgfrdesrfdcxvb mnnjnhgtfdrvc mkoijh

Anónimo disse...

Adorei visitar-te nesta casa. Li os poemas de agosto a novembro. Todos muito belos!!!Me senti especialmente feliz com o poema postado em 08/09/2004, visto que, o título da poesia coincide com meu nome de batismo.Felicidades para vc!Que sua mente produza cada vez mais e mais coisas agradáveis como as que acabo de ler!

Anónimo disse...

Bem, por causa do meu nome tinha mesmo que ler esta história! E adorei! Beijinhos e continua! ***