sexta-feira, dezembro 02, 2005

O silêncio dos sonhos

Em silêncio solto sonhos
lá fora a chuva cai
devagar
soltam-se lágrimas de saudade
guardadas entre as páginas
deste livro que folheio
calmamente
no mais profundo de mim
essência de pétalas e de mar
perfumes guardados no tempo
dos meus dias
recordo afectos partilhados
caminhos percorridos lado a lado
como girassóis floridos
em tempo de Primavera
hei-de amar-te a vida toda

terça-feira, outubro 25, 2005

Renascer

Com a chuva
volta o cheiro da terra
molhada
o verde das searas
e os campos floridos.

Tu plantarás sonhos
em todas as Primaveras...

sábado, agosto 27, 2005

Cais de Chegada

Um dia partirei cavalgando tempos
sem fim...

Navegarei nos sete mares

Contarei sete Sóis e sete Luas
Cortarei sete vagas e sete noites...

Guiar-me-ei por estrelas e constelações

Ficarão para trás alguns cais de chegada...
e de partida... onde atraquei.

Descobrirei novos caminhos, e novos portos...

Com a Alva vem a madrugada, colorida pelo Sol,
pincelada de azul... e de sonhos...

Aguarela dum tempo sem fim...
Onde descubro um porto de abrigo.

Cais de chegada.

terça-feira, agosto 09, 2005

Quando os teus olhos me sorriem...

No rio
dos teus olhos
corre um mar
Onde guardas
os sonhos,
as flores de girassol
e as rosas... vermelhas

quarta-feira, março 23, 2005

Liberdade

Que se quebrem as algemas
e se soltem os poemas
dos teus lábios
brotam flores ou beijos
ou sonhos.
Que se vá o sal dos olhos
dos amantes e renasça
a esperança dos dias tranquilos
e manhãs claras
onde fumegantes águas
calmas deslizam em silêncio.
Hoje não me apetece acordar
neste leito vazio habitado de saudade
serei água e caminharei ao teu encontro
Liberdade.